segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Memórias

Talvez você foi aquele trem que parou na minha estação
despejou suas vontades, gírias, filosofias, promessas
quem sabe também eu não fui um de seus passageiros
que numa viagem transiberiana me aqueceu diante do grito do frio

Talvez também foi meu violão,
que em acordes simples fez melodia timbrada
que com poucas notas e um solo conquistou meu querer

Porém fiz de tudo efêmero e passageiro
apenas por querer respirar novos ares
e de toda riqueza que nos prometemos
nenhuma te compraria de volta.

E em cada número primo do calendário
faço valer minha nota mental que
você foi o único que foi embora.
                        [e que fez falta.]

Até tenho medo da próxima pessoa que 
se aventurar em terras já desmitificadas
e marcadas por tanta, mas tanta saudade
terra seca, traga água e muita vontade de viver.

Mas já era.




quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Era outra vez..

Era outra vez alguém eu, era outra vez você, era outra vez uma alegoria.

Sentindo a vontade de um contrato social bem feito,
um Sim bem colocado, um espanto bem recomendado.

Era uma vez,
um grito, um pulo, um riso, um choro, de cabo a rabo..
Era outra vez,
preocupações, ilusões, noites em claro..

Gotas já sangue, hoje glória
amores pensados, hoje realizados
gestos calculados, hoje representados
Well UEL, eu consegui.
                  [Aqui jaz meus demônios.]

Dou espaço para você, folha em branco
um roteiro livre, um alguém feliz.
Não quero ninguém para registrar a cena, é só minha.
E pensando bem, era outra vez você, porque agora é a minha vez.

Novos anseios, ares, momentos, aqui vou eu.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Lírica

Algumas palavras estão sendo lavadas pelo meu globo,
mas de momento presente também estão sendo limpas com os melhores anseios.
Amo vocês do jeito que deveria amar. "Amo tudo o que é meu e o que deveria ser.."
Meu maior almejo foi ser notado por pequenas grandes almas, como a de vocês..
                                                                           [Agora só quero ser lembrado.]

Vocês existem, e eu vos amo. Com todo meu coração.

E pra não me sentir sozinho, prefiro me apegar nas fotos que tiramos,
e que hoje estão gravadas na parede que todo dia acordo e olho,
agora é momento de recordar e reviver.. E se for pra amar alguém
                                     [vou pra cima das nossas recordações.]

E se for pra se sentir sozinho, que venha uma dose de todos os
meus arrependimentos, acompanhadas por tristezas, mal-dizeres,
amores perdidos, arremessados, jogados á sorte.

Mas me esperem, de vez ainda irei me atracar em cada um dos seus portos.
Mas nesses 7 mares, um deles eu já provei : amor, não me procure,
                                                                   [ainda sofro por você.]
Me devastou feito rouxinol no vendaval,
preciso aprender a voar, e desse vez bem pra longe..


domingo, 8 de janeiro de 2012

E me deixo levar, no ritmo do mar

Sou plágio das formas mais antigas de se sorrir,
não me incomodo em copiar o efetivo.
Também não sou diferente em querer ser feliz todo instante,
                                          [mesmo quando não dá pra ser].
Não sei o motivo de todos quererem estar felizes todo instante. 
Nós sabemos que não somos..
Tenho horas alternativas, ora definho, oro dou risada.. Mas a todo instante sou eu.

Ainda quero ser leve como as cordas de um piano que tocam "Patinhos no Terreiro",
costumo pensar sempre no amanhã, mas sou medieval quando se trata de felicidade.
Como todos, costumo expressar meus sentimentos através de gestos, palavras, risos..

Sou comum, sou eu, sou você, somos nós, sou ninguém, ninguém é ninguém, todos cópias.
Cópias mecanizadas que se diferem no modo absurdo de pensar, algumas amam demais,
outras não.. Outras choram por fora, outras explodem emoções internas
imersas em litros de sangue.

Já estive em inúmeros lugares físicos e emocionais, já mudei sentimentalmente
e fisicamente falando. Mas o melhor sempre há de ser eu mesmo,
meus pensamentos, meus meios metódicos de ser, minha'lma, meu mar..
Mar que deixo entrar marés, tormentas, tempestades, maresias, estrelas do mar,
                                                                                                      [felicidade.]
Também permito (me perder) a luz do sol, que me aquece, define,
e reflete seu clarão no meu barco a vela que levo comigo as pessoas que gosto,
procurando um lugar ao sol, terra-firme, lugar de risos e desfechos felizes.
Só assim.. felizes.


sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Pequeno roteiro sobre mim

Pequenas palavras podem derrubar qualquer alma. Não a minha.
Sou revestido da melhor armadura chamada orgulho, me escondo quando óbvio.
Minha melhor arma é a palavra escrita em qualquer plano reto,
mas que soa como alguns gritos exorbitantes em cada pífia mente.
Não gosto de ordens, nem de pedidos, gosto de convites e intimidações.
Algo melhor do que ser desafiado? Não consigo me imaginar
rodeado por pessoas retrógradas vomitando futilidade; apesar que amo as minhas.
Não me importo em perdas e desapegos secundários, se algo for meu,
terá de ter único exclusivo, assim sentirei falta. (E como sinto.)
Me amo, amo meus amigos e não amo a vida e sim quem a faz!
E para alguém for meu terá que seguir exatamente o contrário das minhas regras,
geralmente quem segue o que digo me enjoa e cai no desuso.

Quero ser milionário, ser da esquerda mas ir em talk shows da rede Globo.
Quero ajudar inúmeros desabrigados e pobres, mas jurarei de morte aquele que me pedir
                                                                                                                       [dinheiro.]
Quero todos os meus amigos perto de mim, mas longe o suficiente da minha intimidade.
Brincadeira! Se fosse verdade não estaria escrevendo esse texto.
Quero ser amado e nunca odiado, quero também viajar pelo mundo e poder
dar a certeza que só minha casa é o melhor lugar do planeta.
Quando amar, quero alguém que me conquiste todo dia com um intenso mal humor.
E pra minha casa, quero de vizinhos Q. Tarantino ao lado esquerdo, Emilie Autumn
na direita, e na frente Florence Welch.
Ops, já ia me esquecendo do fundo..Ah, de fundo quero um terreno baldio..
Baldio pra jogar algumas desilusões amorosas passageiras, que não servem nem de adubo.
                                                                                                        [Só se for pra sofrer.]
                                                                                                               Quero não!




domingo, 1 de janeiro de 2012

Eu e meus demônios

Quanta coisa boa de uma vez só, parece até um tsunami de emoções estardalhaçadas.
Emoções tão leves, que me deixam flutuar num mar de.. demônios imaginários.
Que sei lá eu até quando vou poder sustentar, quando inspiro alegria,
talvez eu possa suspirar caos.
Aquela cor de medo, pincelada por movimentos aleatórios em uma tela,
que simplesmente não está em branco, mas sim com as cores que pintei até agora.
Nunca dependi tanto de datas, protocolos. Ultimamente tenho respirado anseios,
e tudo conspira para o melhor, mesmo quando você se nega a esperar o melhor.
É normal, é metódico esperar o mal. Não pra mim, que não toma isso como opção..
E sim por exclusão. Exclusão de falta de credibilidade em si mesmo.
Mas tudo isso não me apega, não me abala. O que realmente gruda é a força de vontade
                                                                                                         [que tenho tanto.]
Aqui, nessa maresia azul-celeste, só fica você..paz..amor..tranquilidade..sossego...Te amo.
Mas não sei por onde entra essa incômoda sensação de desespero. Mas dizem que 
se algo te atormenta, é porque você permite tal coisa. Sorte disso que meu melhor lado
não é contaminado pelo seu vírus. E pensando bem, se isso me comove o bastante
para desfilar algumas palavras minhas, é porque melhora o meu melhor.
Faz do meu brilho mais intenso, e aos poucos tira o brilho daquilo que me atrapalha.
                                                                     [Mas definitivamente não me impede.]