quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Saudades dói

Nessas indas e vindas do amor, quem nunca se perdeu?
Quem nunca errou o caminho? Quem nunca quis nem ter entrado nesse barco?
Eu já quis quase tudo e também já me arrependi de muita coisa.
Mas nesse balanço sentimental inconstante,
de uma coisa eu não abro mão : Minha evolução interior,
posto que ninguém me conhece tão bem e se desconhece também.

É engraçado pensar que na essência, todos somos carentes e amorosos,
tão diferentes na realidade, na cruel e sórdida realidade, tão apática.
Porém o uso de máscaras eu não abro mão. Oras, é necessário!
Enfim, ganhei muito com o amor, mas também perdi,
perdi um laço que me laçava de um jeito tão bom!
Mas perdi. Perdi por merecimento, por mérito,
por infantilidade própria.

E ainda, para mim, esse assunto é norteado de tabus que,
sei lá eu se quero ou não desmistificar.
As minhas lembranças o tempo cessou, mas as minhas cicatrizes..
Ah, as minhas cicatrizes! ...
Ainda hão de dar muita estória pra contar

E se rascunhei triste esse texto, já me encontro feliz,
a medida que dou a oportunidade de compartilhar meus sentimentos,
que por alguns minutos foram verdadeiros e avassaladores.
Mas não posso me iludir, pensando que esses sentimentos são
palavras jogadas ao vento.. que podem nunca mais voltar.
Não! Quem dera! São como estações,
que sempre voltam no final.


E também, se levaram um pedaço de mim,
podem acreditar que nascerá outra. Mais forte
e impermeável ao seu pudor.
Mas o meu outro "eu" ainda te sente como ente decente,
e pode ainda acreditar nas suas meras.. ilusões.

Mas se até a perda de um filho é superável,
um amor pisciniano não pode se tornar memorável.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Shall we?

Se o varredor de rua ganhasse 10 mil reais por mês,
todo mundo acharia maravilhoso varrer!
Teria concursos e concursos para algumas vagas..
Quem sabe até cursos especializados.
E já já o SISU estaria dando a nota de corte.
Ser político sem sal ninguém quer né?


quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Fé precedida de metáforas

Não importa se você reza, ora ou clama. O sentimento é um só.
Da causa se faz a súplica, e a súplica : é divina. A religião
quem criou foi o homem, e cada uma se adapta aos interesses
de seus criadores. Porém, a fé, é um bem-comum concebido
a qualquer ser humano pensante, um dom que todos podem
por em prática. Não precisa ser beata, papa-massas ou coisas do tipo.
Basta que, na dificuldade e na alegria, se acredite num ser superior,
esperançoso, amoroso e benevolente. Nunca omita sua fé,
e nem tenha vergonha de reverenciar quem você ama,
sentir vergonha das suas aspirações é ser um ser sem alma,
uma batalha sem estopim, uma oração se destino.
Entre pensamentos aqui e lá, não me defino na religião,
me acho muito novo e impotente diante da gama de opções,
mas com certeza nenhuma me agrada e ofende totalmente.
Levo comigo atitudes de cunho altruístas e com muita compaixão : unidades
universais na religião. Meu comportamento é cigano e rotativo,
mas nunca circular, sempre um polígono de arestas e lados indefinidos.
Acredito na evolução humana baseada em poucas pessoas.
Oras, quem são elas? Aquelas que foram julgadas e pisoteadas
por uma geração que não aceitou o óbvio e o necessário
para o bem-estar da mesma. Sim, eu quero ser pisoteado,
xingado e duvidado : Mas nunca tachado como inerente
a uma situação grave. E para finalizar tudo isso,
posso me caber no Racionalismo :  Do mesmo jeito
que alguém me ouve quando grito e me afana quando choro,
sei que a lua é um reflexo dos meus sonhos sem nunca ter pisado nela.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Para as pessoas desconhecidas,
reservo meu alter-ego,
meu Eu alternativo, risonho e afetivo. 

Para os oportunistas,
ofereço minha inteligência,
para que possam alcançar suas metas
usando meu nome.

Para os sozinhos,
ofereço meu ombro, meu abraço,
meu descanso, minha casa, minha prosa.

Para os amantes,
ofereço meu libido, minha vontade,
minha carne, meu corpo sem alma.

Das múltiplas facetas,
uma todos desconhecem,
meu eu arrependido e frágil.

Nessa mescla browniana de cores,
sem ordem, sem começo, sem fim,
entro em dúvida comigo mesmo.

Seria Impressionista, Surrealista? Dadaísta?
Influenciada pela decomposição das
cores, do consciente, do sensato, respectivamente?

Tá mais pra Realista.
Das insanidades o projeto físico
de um ente isolado e caracterizado
peculiarmente como F.



segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Sóis, nuvens, campos, sempre

Imagine um mundo adimensional.
Um mundo sem medidas de tempo, sem deveres, sem preocupações.
Apenas com a luz do sol como indicativo de tempo,
e do canto dos pássaros : a estação.

Imagine um mundo onde amar não é sinônimo de sofrer,
e só ajuda quem gosta e só pede quem precisa.
Só reclama quem se cabe, e só responde quem sente.

Imagine pessoas cantando seu nome apenas para elogiar,
e nunca para criticar, encher, desgastar..

Enquanto nada disso acontece,
me fecho numa pequena bolha invisível e paralela á vida que levo,
mas apenas nas horas vagas.. pois ao decorrer do dia
sou totalmente ocupado por pessoas que trabalham
antagonicamente diante das características idealizadas acima.

Enquanto nada disso acontece,
tenho que sorrir incansavelmente para pessoas tão..Cruas.
Tão vazias quanto tormentas em desertos de gelo..

Plantas sem flor, e se tiver : tão apática
Flores sem fruto, e se tiver : tão pouco chamativa
Tão pouco chamativa e também azeda..

Nesse imenso campo de flores, que se chama vida,
algumas são bromélias, algumas orquídeas, vistosas..
Algumas espinhosas, como o cacto, mas com seu valor..
São pessoas, pessoas alegóricas de uma sociedade inventada.

Se alguém me perguntar qual flor eu sou,
responderei certamente : O Girassol.
Aquele que independente do que aconteça,
se sobressalta em alguns centímetros e vira o rosto,
se focando em apenas um objetivo : O Sol.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Outorgado? Aqui não..

Não se impõe sentimentos, não se força convites e emoções.
As vezes um quer, outro não quer..
Ou melhor, quando um está desesperado, o outro está "chillin out.."
Se cada minuto fosse vivido, saberia que o melhor é procurar
alguém da própria turma..
E não se aventurar em caminhos lisos e novos como você mesmo disse.
Se sabe que meu caminho é sem volta, por que me procura?
Se sabe da minha condição, por que tolera?
Você mesmo sabe que sou mau.
Vivo em perfeita harmonia comigo mesmo, em uma sintonia
que só Eu sei explicar, consigo me ocupar
durante dias e meses só contando histórias para mim mesmo.
As vezes meu outro Meu se engana, se diverte e se equivoca.
Mas diante das minhas inconstantes bipolaridades, você fica de fora.
Na minha história inventada você não entra em nenhum
capítulo. Ou entra..Quem sabe no roda-pé..
Não peço carinho, chamego e nem abraços.
Pelo contrário, a partir de agora peço distância. Sashay Away.



segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Já te compararam com uma mesa de bar?

Sim, já me compararam. Foi uma situação tanto quanto engraçada.
Ok, não foi engraçada, mas foi essa palavra que me veio a mente.
Pois uma pessoa, aleatória, após ouvir o que eu tinha para fazer,
que por sinal era sexta feira a noite, então com certeza besteira era.
Enfim, falei alguma coisa engraçada, do gênero.. E alguém me chamou
de mesa de bar. Eu, obviamente perguntei o porque da comparação.
Ah, até que na hora não soou ruim, era um elogio vindo da pessoa..
Ela quis dizer que todo mundo que sentava ao meu redor,
se divertia, rendia belas risadas e conversas, coisa que 
não é todo dia que acontece com tal frequência.
Automaticamente eu ri, coisa que todo mundo faz,
e pra mim também foi um elogio naquele instante.
O que eu fiz depois não interessa, não vem ao caso,
não é útil.
Dias depois, em qualquer lua dessas semanas intermináveis,
eu me achei deitado na cama, esperando virar a noite
pra mais um dia extremamente cansativo.
Mas acabando com esses adjetivos que nunca irão
levar a compaixão de ninguém, descobri,
ou melhor, repensei algo.
Justamente aquela comparação. "Mesa de Bar"
Alguém de vocês já pararam pra pensar o que
realmente isso significa? Cheguei a conclusão que,
mesa de bar nada mais passa de um atrativo.
É algo que, você almeja muito no final de semana,
consome algumas coisas, geralmente drogas
ilícitas ou não, e depois no famoso linguajar : VAZA.
Ou seja, algo totalmente descartável e efêmero.
Ah, poxa..Não quero ser usado e descartado.
Quero ser útil 24h, quero ser legal para alguém.
Não que eu seja legal para todos e todos são
legais para mim. Mas sinceramente eu acho que
mereço a designação que eu formulei!
Você ri, você usa, você se apoia e depois..
"paga a conta" e vai embora?
Não quero seguir nas inconstâncias,
e não vou deixar ninguém, nunca, agir como tal comigo.
Sou humano, faço o bem, mesmo que meu
instinto prefira o contrário.
Deixando os complexos e filosofias de lado ainda continuo
com uma dúvida. Será que aquela pessoa
foi sínica o bastante para me chamar de mesa de bar,
e mesmo assim eu ter rido? Não não é?
Até porque ela não tem jeito de inteligente.
(nota mental : sim, todos os sínicos são inteligentes.)
Aliás, ela não parece ter jeito de inteligente, ela não é.