quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Caméléon

Ao andar, percebi que todos os caminhos se parecem o mesmo
alguns mais sinuosos, outros mais curtos, outros mais longos
mas na verdade, as diferenças são tão pífias que
me deparo com a mesmice. A mesmice de se sentir algo

Já dizia um grande filósofo que a catarse de cada um é achar a verdade
no final de sua vida, e logo ele conclui que a verdade nada mais passa do ócio

Pessoas não mudam, pessoas são iguais, pessoas são alegóricas
cada uma delas representam um esteriótipo na sociedade
sociedade deturpada, comum, ilusória e pouco convidativa
cada um defende a verdade que vê

Nesse meio atemporal, onde as pessoas não mudam, não há óculos escuros
ou lentes que escondam meu descontentamento. Hoje posso te querer,
outrora posso te repelir : é meu direito. Se hoje faz Sol, não necessariamente
                                                                                 [amanhã também fará.]

O tempo vai passando, e nada me agrada - é comum - Nada irá me agradar tão cedo.
Meu sentimento é esporádico como cores de camaleão
sou tônico e enérgico, derramo tormentas em você, mas isso não é próprio
da minha idade, é próprio de mim.. Ser exagerado e alvoroçado

Mas sou chuva de verão em verão
sou fogo de palha, camafeu em festas
gostando ou não, terão de se acostumar
meu Eu não há de mudar


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